12 de jun. de 2009

Amargos acertos

Aqui estou novamente

Sem mascara, como tinha de ser

Sem um pingo de juízo

Mostrando-me pra você.

Tentando não me enrolar com palavras

Procurando em seu sorriso, meu amor próprio

Lá estou eu

No alto daquela ponte

De rosto pro vento

Esperando ser empurrado

E rezando pra dar tudo certa em minha queda

Esperando que você ainda me aceite

Mesmo quebrado.

Querendo não querer

Pensando em não pensar.

Eu quis estar entre seus entes queridos

Eu sonhei com esta cena

Você sentada nesta cama de motel

Tentando me ouvir

Procurando manter sua mente aqui

Com esta expressão de entediada

Acendendo o milésimo cigarro na primeira hora

E implorando pra que eu termine logo com isso

Você pede por isso amor!

Você me quer!

Você me rouba!

Você me joga!

Você me humilha!

E eu já não luto mais

Não tenho a mesma garra de mil anos atrás

Eu sou o vazio da alma de um psicopata

E sou a harpa de um querubim

Você me tem cada segundo

E não sabe onde estou?

Eu sou aquele que você assassinou

Eu fui um domingo tedioso

Eu sou seu desejo suicida

E fui tudo e nada

Mas hoje já não sei o que sou...

E a vida...

A vida acontece

Com ou sem meu sorriso

Sem seu hálito de cigarro

Sem seu gosto amargo

Sem suas caras...seus gestos

Ou seus olhos vermelhos.

Jamais acreditarei novamente no acaso...

Descanse em paz minha alma,

Depois de mim outros virão...

Nenhum comentário:

Postar um comentário