Aqui estou novamente
Sem mascara, como tinha de ser
Sem um pingo de juízo
Mostrando-me pra você.
Tentando não me enrolar com palavras
Procurando em seu sorriso, meu amor próprio
Lá estou eu
No alto daquela ponte
De rosto pro vento
Esperando ser empurrado
E rezando pra dar tudo certa em minha queda
Esperando que você ainda me aceite
Mesmo quebrado.
Querendo não querer
Pensando em não pensar.
Eu quis estar entre seus entes queridos
Eu sonhei com esta cena
Você sentada nesta cama de motel
Tentando me ouvir
Procurando manter sua mente aqui
Com esta expressão de entediada
Acendendo o milésimo cigarro na primeira hora
E implorando pra que eu termine logo com isso
Você pede por isso amor!
Você me quer!
Você me rouba!
Você me joga!
Você me humilha!
E eu já não luto mais
Não tenho a mesma garra de mil anos atrás
Eu sou o vazio da alma de um psicopata
E sou a harpa de um querubim
Você me tem cada segundo
E não sabe onde estou?
Eu sou aquele que você assassinou
Eu fui um domingo tedioso
Eu sou seu desejo suicida
E fui tudo e nada
Mas hoje já não sei o que sou...
E a vida...
A vida acontece
Com ou sem meu sorriso
Sem seu hálito de cigarro
Sem seu gosto amargo
Sem suas caras...seus gestos
Ou seus olhos vermelhos.
Jamais acreditarei novamente no acaso...
Descanse em paz minha alma,
Depois de mim outros virão...
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